A obesidade é um problema de saúde pública que vai muito além de hábitos alimentares inadequados. Segundo Gustavo Luiz Guilherme Pinto, presidente do IBDSocial, é necessário compreender que o ganho de peso excessivo pode estar relacionado a diversos fatores internos e externos, que interagem entre si e influenciam o metabolismo e o comportamento alimentar. Assim, ao entender essas causas, é possível adotar estratégias mais eficazes para prevenção e tratamento. Pensando nisso, a seguir, vamos conhecer os principais aspectos envolvidos nessa questão.
Aspectos hormonais: como o corpo regula o peso
O funcionamento hormonal desempenha um papel crucial no desenvolvimento da obesidade. Alterações nos níveis de hormônios como insulina, cortisol, leptina e grelina podem modificar a forma como o corpo armazena gordura e regula o apetite. De acordo com Gustavo Luiz Guilherme Pinto, condições como hipotireoidismo ou resistência à insulina podem facilitar o acúmulo de peso, mesmo em pessoas que mantêm uma dieta equilibrada.
Outro ponto relevante é que distúrbios hormonais muitas vezes não apresentam sintomas imediatos, fazendo com que o ganho de peso seja atribuído erroneamente apenas à alimentação. Por isso, o acompanhamento médico e a realização de exames periódicos são essenciais para identificar e tratar esses desequilíbrios.
De que forma as emoções influenciam a obesidade?
Questões emocionais também estão entre as principais causas do aumento de peso. O estresse crônico, a ansiedade e a depressão podem estimular o consumo excessivo de alimentos, especialmente os ricos em açúcar e gordura, como forma de compensação emocional. Conforme comenta o presidente do IBDSocial, Gustavo Luiz Guilherme Pinto, o chamado “comer emocional” é um dos maiores desafios no controle do peso, pois cria um ciclo em que o alívio momentâneo é seguido por culpa e novo desequilíbrio alimentar.
Além disso, alterações no humor afetam a liberação de hormônios relacionados ao apetite, como o cortisol, que em excesso favorece o acúmulo de gordura abdominal. Estratégias de manejo emocional, como terapia, atividades físicas prazerosas e técnicas de respiração, podem ajudar a reduzir esses impactos.

Quais fatores ambientais contribuem para o aumento de peso?
O ambiente em que vivemos exerce grande influência nos hábitos e, consequentemente, na obesidade. Desde a urbanização acelerada, que limita espaços para atividades físicas, até a ampla disponibilidade de alimentos ultraprocessados, esses elementos moldam escolhas diárias e comportamentos. Segundo Gustavo Luiz Guilherme Pinto, a falta de políticas públicas voltadas para alimentação saudável e incentivo à prática de exercícios contribui para que a população adote rotinas sedentárias e dietas menos nutritivas.
Entre os fatores ambientais que mais favorecem o ganho de peso, destacam-se:
- Acesso limitado a alimentos saudáveis: regiões com poucos mercados ou feiras dificultam a compra de frutas, legumes e verduras.
- Rotina de trabalho intensa: longas jornadas reduzem o tempo para preparo de refeições equilibradas e prática de atividades físicas.
- Marketing de alimentos industrializados: a publicidade constante de produtos ricos em açúcar e gordura estimula o consumo frequente.
Esses elementos, quando combinados, criam um cenário propício para o aumento de peso, independentemente de escolhas alimentares conscientes.
Como integrar a prevenção da obesidade em diferentes aspectos da vida?
O combate à obesidade requer uma abordagem integrada que considere saúde física, mental e social. Como ressalta o presidente do IBDSocial Gustavo Luiz Guilherme Pinto, apenas mudanças alimentares não são suficientes para reverter o problema; é preciso avaliar o conjunto de fatores que afetam cada indivíduo. Isso inclui a prática regular de exercícios, cuidados com a saúde emocional e o acesso a ambientes que favoreçam escolhas mais saudáveis.
Aliás, adotar hábitos sustentáveis a longo prazo, buscar apoio profissional e promover políticas públicas inclusivas são passos importantes para reduzir os índices de obesidade. Essa visão geral contribui para resultados mais consistentes e duradouros, beneficiando tanto o indivíduo quanto a coletividade.
É necessário compreender primeiro para então agir de forma eficaz
Em última análise, a obesidade é resultado de uma combinação complexa de fatores hormonais, emocionais e ambientais. Desse modo, reconhecer essa interação é essencial para criar estratégias realmente eficazes no controle do peso. Assim, ao considerar todos esses aspectos, é possível desenvolver ações preventivas e terapêuticas mais completas, que ajudem a reverter esse quadro e a promover uma vida mais saudável.
Autor: Najabia Wys