O tributarista e empresário do ramo de energia, Leonardo Manzan, ressalta que a relação entre a reforma tributária e os incentivos fiscais concedidos ao setor agroenergético é tema de grande relevância no cenário nacional. Esse segmento, que une produção agrícola e geração de energia renovável, depende fortemente de estímulos fiscais para atrair investimentos, sustentar a competitividade e viabilizar projetos de longo prazo. Alterações nas regras podem modificar a dinâmica econômica, afetando tanto produtores quanto investidores que atuam em cadeias de alto custo inicial e retorno dilatado.
A proposta de modernização do sistema tributário busca simplificar a arrecadação, reduzir a complexidade normativa e ampliar a transparência. Contudo, eventuais mudanças que reduzam os benefícios fiscais podem comprometer a expansão do agroenergético. O desafio, portanto, está em promover ajustes que mantenham a coerência do sistema sem enfraquecer setores estratégicos para a economia brasileira e para a transição energética em curso. Para além da arrecadação, a reforma deve considerar o papel dos incentivos como ferramentas de política pública capazes de promover inovação, sustentabilidade e inclusão social.

A importância dos incentivos fiscais para o agroenergético, segundo Leonardo Manzan
De acordo com Leonardo Manzan, os incentivos fiscais têm sido fundamentais para viabilizar projetos de biocombustíveis, etanol de segunda geração e energia proveniente da biomassa. Esses mecanismos ampliam a integração entre agricultura e energia limpa, favorecem a diversificação da matriz energética e reforçam o compromisso do país com as metas ambientais globais. Ao reduzir a carga tributária, os benefícios permitem que produtores alcancem maior competitividade em mercados nacionais e internacionais.
Caso não haja a devida adaptação desses incentivos no contexto da reforma, há risco de retração dos investimentos e perda de competitividade em relação a países que oferecem condições mais favoráveis. A manutenção de estímulos, portanto, não deve ser interpretada como privilégio, mas sim como instrumento estratégico para consolidar a posição do Brasil como potência em energias renováveis. Além disso, os incentivos fiscais fortalecem cadeias produtivas regionais, gerando empregos, estimulando a interiorização de tecnologias e contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico de áreas rurais.
O papel da segurança jurídica na atração de investimentos
Conforme Leonardo Manzan, a segurança jurídica é elemento indispensável para a atração de capital em projetos agroenergéticos. A complexidade dos empreendimentos exige altos aportes financeiros em infraestrutura, pesquisa e inovação tecnológica, o que torna essencial a previsibilidade das regras fiscais. Sem garantias de continuidade, investidores podem redirecionar recursos para mercados mais estáveis ou adiar decisões estratégicas.
Por essa razão, a reforma tributária deve harmonizar simplificação normativa com a preservação de incentivos relevantes. A clareza das regras favorece não apenas a atração de novos projetos, mas também a redução de litígios tributários e a construção de um ambiente de negócios mais sólido. Dessa forma, cria-se um círculo virtuoso de segurança, inovação e crescimento sustentável. Além de proteger investimentos já realizados, uma legislação consistente pode abrir espaço para novas parcerias internacionais e fomentar pesquisas em tecnologias limpas.
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Nova era do IRPF: visão de Leonardo Siade Manzan sobre progressividade A progressividade do Imposto de Renda da Pessoa Física é uma ferramenta central para a política tributária e distribuição de renda. Leonardo Siade Manzan detalha como o novo modelo afeta contribuintes, investimentos e o planejamento fiscal. Neste vídeo, ele explica os desafios e oportunidades gerados pela reforma, mostrando como a legislação pode ser utilizada de forma estratégica para garantir conformidade e eficiência econômica. #LeonardoSiadeManzan #QueméLeonardoSiadeManzan #OqueaconteceucomLeonardoSiadeManzan #LeonardoSiade #LeonardoManzan #operaçãozelotes
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O futuro da integração entre reforma e sustentabilidade
Leonardo Manzan nota que a discussão sobre incentivos ao agroenergético também se conecta diretamente às metas ambientais assumidas pelo Brasil em acordos internacionais. O setor desempenha papel estratégico na redução de emissões e na promoção de práticas sustentáveis, contribuindo para o fortalecimento da economia verde. Assim, a política tributária não deve ser vista apenas como mecanismo arrecadatório, mas como ferramenta de alinhamento às prioridades globais de sustentabilidade.
A reforma pode ser uma oportunidade para modernizar a forma de concessão de incentivos, vinculando-os a critérios de eficiência energética, inovação e proteção ambiental. Dessa maneira, além de assegurar competitividade ao setor, o país reforça sua imagem de liderança em energias limpas. O alinhamento entre tributação, sustentabilidade e previsibilidade regulatória poderá consolidar o agroenergético como vetor estratégico do desenvolvimento nacional. Quanto mais o sistema souber conciliar eficiência fiscal e estímulos verdes, maior será a capacidade do Brasil de se destacar na economia do futuro.
Autor: Najabia Wys