Alexandre Costa Pedrosa explica por que o cérebro apaga certas memórias de forma inesperada e o que a neurociência revela sobre o esquecimento repentino.

Memória humana: Por que esquecemos do nada?

Najabia Wys
Najabia Wys
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Alexandre Costa Pedrosa explica por que o cérebro apaga certas memórias de forma inesperada e o que a neurociência revela sobre o esquecimento repentino.

Memória humana é um dos temas mais intrigantes da neurociência e ajuda a explicar por que, muitas vezes, esquecemos informações aparentemente sem motivo. Alexandre Costa Pedrosa ressalta que o esquecimento não acontece do nada, mas é resultado de processos biológicos, cognitivos e emocionais bem definidos. Neste artigo, você vai entender como a memória funciona, por que o esquecimento é natural, quais fatores influenciam falhas de memória e como a ciência explica esses lapsos do dia a dia.

Como a memória humana funciona?

A memória humana é a capacidade do cérebro de registrar, armazenar e recuperar informações. Esse processo envolve diferentes áreas cerebrais, como o hipocampo e o córtex cerebral, que atuam integradamente para transformar experiências em lembranças. A memória não é um sistema único. Ela se divide em memória de curto prazo, memória de longo prazo e memória de trabalho. Cada uma tem funções específicas e limitações próprias. 

De acordo com Alexandre Costa Pedrosa, compreender essa organização ajuda a entender por que nem tudo o que vivenciamos é lembrado com clareza. O esquecimento é um processo natural do funcionamento cerebral. O cérebro recebe uma enorme quantidade de estímulos diariamente e precisa selecionar o que é relevante para ser mantido. Informações consideradas pouco importantes tendem a ser descartadas.

O estresse pode afetar a memória humana?

O estresse exerce grande influência sobre a memória humana. Em situações de estresse agudo ou crônico, há liberação elevada de hormônios que podem interferir no funcionamento do hipocampo, área essencial para a formação de novas memórias. Com isso, a pessoa pode apresentar lapsos de memória, dificuldade de concentração e sensação de esquecimento frequente. Esse fenômeno explica por que, em períodos de pressão emocional, esquecemos compromissos ou informações simples. 

Por que esquecemos “do nada”? Alexandre Costa Pedrosa analisa como atenção, emoções e sobrecarga mental interferem na formação das memórias.
Por que esquecemos “do nada”? Alexandre Costa Pedrosa analisa como atenção, emoções e sobrecarga mental interferem na formação das memórias.

Segundo Alexandre Costa Pedrosa, o equilíbrio emocional é fundamental para preservar a capacidade de memorização. O envelhecimento natural traz mudanças no funcionamento cerebral, incluindo a velocidade de processamento das informações. Isso pode tornar a recuperação de memórias mais lenta, embora não signifique necessariamente perda significativa de memória. É importante diferenciar o esquecimento benigno associado à idade de alterações patológicas. 

Qual é o papel da atenção no processo de memória?

A atenção é um dos principais fatores para a formação da memória. Quando não estamos totalmente atentos a uma informação, o cérebro tem dificuldade em registrá-la adequadamente. Muitas vezes, acreditamos que esquecemos algo do nada, quando, na verdade, nunca prestamos atenção suficiente. A multitarefa excessiva, comum na rotina moderna, prejudica a atenção e, consequentemente, a memória humana. Desenvolver foco é essencial para melhorar a retenção de informações.

Alexandre Costa Pedrosa explica que as emoções têm papel decisivo na memória humana. Experiências emocionalmente marcantes tendem a ser lembradas com mais facilidade, pois ativam áreas cerebrais ligadas à emoção e à memória. Por outro lado, situações emocionalmente neutras ou pouco relevantes são mais facilmente esquecidas. Esse mecanismo ajuda o cérebro a priorizar o que tem maior valor adaptativo. 

É possível melhorar a memória e reduzir o esquecimento?

Embora o esquecimento seja natural, é possível adotar hábitos que favorecem a memória. Alimentação equilibrada, atividade física regular, estímulos cognitivos e boa gestão do estresse contribuem para o funcionamento saudável do cérebro. Técnicas como repetição, associação de ideias e organização das informações ajudam a fortalecer a memorização. Alexandre Costa Pedrosa ressalta que cuidar da saúde mental e física é fundamental para preservar a memória ao longo da vida.

Em suma, a memória humana não falha sem motivo. O esquecimento é resultado de processos biológicos, emocionais e cognitivos que fazem parte do funcionamento normal do cérebro. Compreender esses mecanismos ajuda a reduzir preocupações desnecessárias e a adotar hábitos mais saudáveis. Ao entender por que esquecemos do nada, passamos a enxergar o cérebro como um sistema inteligente e adaptativo. 

Autor: Najabia Wys

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